*Gilberto Dimenstein* em *13/01/10*
Diante de um computador conectado a uma câmara, crianças são convidadas a
tocar em cartões de papel espalhados em uma mesa. Apenas com um leve ralar
da ponta do dedo, aparecem os sons de instrumentos de corda, de sopro e de
percussão – e, com o tempo, vem a melodia.
Em fase de patenteamento, a invenção, desenvolvida num laboratório da USP,
não foi imaginada para criar música – mas um truque para estimular o
exercício de quem quase não consegue mexer o corpo, preso numa cadeira de
rodas.
Quem vê Ana Grasielle Corrêa em cima dos patins jogando hóquei – seu esporte
favorito – não consegue imaginar a cientista por trás da invenção que está
ajudando crianças e adolescentes a aprender, com a música, a movimentar o
corpo. Quando não está na pista de hóquei, sua diversão é patinar pelo
parque Villa-Lobos.
"Mas a maior parte do meu tempo passo trancada no laboratório ou na frente
dos livros", diz Ana, preparando-se para apresentar a tese de doutorado.
*Trecho da coluna Urbanidade, publicada no jornal Folha de S. Paulo.*
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