RAQUEL LOBODA BIONDI
Michel Douglas Cotarelli Momesso, 17 anos, é um dos 11 ex-alunos da escola que conversou com a reportagem do Jornal de Jundiaí Regional. Na bagagem de muitos deles, há alegrias e dificuldades em tentar ser um diferencial na juventude. "Quero ser alguém na vida", disse. Animado entre os colegas, Michel não escondeu a emoção ao recordar alguns obstáculos que enfrentou.
"Sempre fui um aluno esforçado, mas em 2010, no primeiro ano do colegial, meu pai faleceu e tive que começar a trabalhar", contou. "Foi um período difícil. No começo, dormia nas aulas, me sentia cansado e meu rendimento caiu. Mas senti o estímulo da escola e prestei quatro vestibulares." Hoje, Michel cursa Engenharia Civil na Unip de Jundiaí, onde conseguiu, pelo ProUni, bolsa integral na mensalidade.
"Minha mãe está orgulhosa. Sou um exemplo para os meus quatro irmãos", conta ele, que mora com a família no Jardim São Camilo. Michel é o segundo filho mais velho e trabalhou durante os três anos de ensino médio em um supermercado. "Tinha 15 anos quando comecei e, pela idade, não podia ser registrado. Esperei meu aniversário em março de 2011, fiz 16, e consegui o registro", contou satisfeito.
Ao lado da família
Assim como Michel, Bruna Giovanna Curcio, 17 anos, que passou no vestibular da Escola Superior de Educação Física (Esef), em Jundiaí, também trabalhou durante o ensino médio. "Continuo até hoje como recepcionista. Senti dificuldade, mas é uma responsabilidade importante. Daqui para frente nossa vida será desse jeito", disse.
Assim como Michel, Bruna Giovanna Curcio, 17 anos, que passou no vestibular da Escola Superior de Educação Física (Esef), em Jundiaí, também trabalhou durante o ensino médio. "Continuo até hoje como recepcionista. Senti dificuldade, mas é uma responsabilidade importante. Daqui para frente nossa vida será desse jeito", disse.
Para o coordenador da escola, Alexandre Pagani Brambila, os bons resultados correspondem ao interesse dos alunos, bem como ao apoio das famílias. "Acompanhei esta turma desde a 5ª série. Eles são ótimos. Também temos um quadro de 35 professores bastante unidos e 90% deles são efetivados, então, não temos aquele rodízio, nem falta de educadores", considerou.
"Temos alunos que se formaram engenheiros e advogados. Mas é a primeira vez que divulgamos", informou a diretora da escola, Nair Micheletti. A escola, segundo a direção, recebe alunos de experiências distintas, mas muitos são de famílias carentes da região da Vila Aparecida.
Uma prova à sociedade
Entre a turma de novos universitários, a maioria reside no próprio bairro, outros no Jardim Tamoio, Jardim São Miguel, Jardim Caçula, Cidade Nova e Corrupira. Eles reconhecem que sofreram preconceito por estudarem em escola pública. Hoje, são vitoriosos. "O ensino dessa escola é muito bom. O Enem é uma prova difícil e tivemos ótimos resultados", contou Maria Carolina da Silva, 17 anos, que cursa Arquitetura e Urbanismo na Unip, também com bolsa de 100% pelo ProUni.
Entre a turma de novos universitários, a maioria reside no próprio bairro, outros no Jardim Tamoio, Jardim São Miguel, Jardim Caçula, Cidade Nova e Corrupira. Eles reconhecem que sofreram preconceito por estudarem em escola pública. Hoje, são vitoriosos. "O ensino dessa escola é muito bom. O Enem é uma prova difícil e tivemos ótimos resultados", contou Maria Carolina da Silva, 17 anos, que cursa Arquitetura e Urbanismo na Unip, também com bolsa de 100% pelo ProUni.
"Além da escola, tivemos o apoio de professores com tarefas em casa e estímulo sobre opções de inscrições e universidades. O período da escola é um aprendizado para a vida. Vamos levar adiante", disse Andressa Rondon, 17 anos, que conseguiu vaga no curso de Dança, da Unicamp.
fonte: http://www.udemo.org.br/