Um filho especial e os recursos pedagógicos pela Professora Carla

“As melhores e mais belas coisas do mundo não podem ser vistas e tocadas. Elas devem ser sentidas com o coração.” Helen Keller

Hoje quero compartilhar com vocês o relato que recebi da Professora Carla Andrea Marques Alves do AEE da EE Professor Nathanael Silva. Tivemos uma conversa onde discutiamos as dificuldades de adequar as atividades para os estudantes com autismo. E gentilmente ela me propos oferecer a experiência que vive tendo um filho com autismo e cego.
Boa leitura!

Para começar preciso falar um pouco da história do André, ele nasceu com 27 semanas e quatro dias ficou na UTI Neo Natal por dois meses e 10 dias, foram momentos difíceis, mas a família superou. Descobri com 4 meses que ele não enxergava, diagnóstico: retinopatia da prematuridade grau V, então começou a luta, com 11 meses a primeira cirurgia da visão, 4 e 8 anos tendão de Áquiles, 5 anos hérnia de hiato, alguns exames de internação para fazer: endoscopia etc. Aos 11 descobri que ele é autista leve e também tem problemas de coordenação motora, ou seja, físico (não cadeirante).

No começo ele tinha baixa visão usava óculos com 36 graus, mas por causa das intercorrências oculares, perdeu o vulto que tinha e a luz é muito fraca hoje e um olho já é atrofiado, tem estudos com chip na Alemanha pelos médicos, o custo é alto.
Hoje ele tem 13 anos estudou em escola particular (desenvolveu em partes) e pública (não desenvolveu), então coloquei na APAE de Campo Limpo, onde alguns professores adaptaram as atividades pra ele, hoje uma delas está trabalhando na sala do AEE na Escola Estadual Armando Dias, professora Thuca.

Para o deficiente visual ou baixa visão as atividades precisam ser em alto relevo, ampliadas,  com contrastes: no caso do meu filho sempre branco no preto só desenhos e de perto, letras não. O Braille no E.V.A com pontos maiores para chegar nos pontos de papeis atuais. Histórias orais, contos e recontos, use sempre a memória dos deficientes visuais, eles conseguem lembrar de muitas coisas. Agora vou falar como faço com meu príncipe as atividades adaptadas. São todas simples, com caixa de ovos, e.v.a, tinta, barbante, folhas, etc. Seguem as atividades diárias, adaptadas e outras. Espero que gostem!



Histórias em E.V.A. com relevo e com velcro para a criança colocar os personagens. A pessoa que está acompanhando pode fazer a leitura.



                           Atividade de explorar a parte sensorial "Cadê o elefante?"

  








Mobilidade com andador

A tarefa não é simples, nem tampouco será alcançada em pouco tempo, mas é possível e necessária.

O desenvolvimento de capacidades básicas é de grande importância pois proporciona a oportunidade de desenvolvimento, fazendo com que o indivíduo torne - se um ser autônomo. Nós não valorizamos os nossos sentidos para ver como é linda a vida que temos. É preciso aproveitar cada instante do tempo com inteligência que Deus nos deu e usar a solidariedade com o próximo participativo, um homem capaz de realizar suas próprias coisas. As habilidades básicas são trabalhadas a partir das potencialidades da criança, de seus pontos fortes.


Gostou? Deixe seu recado!

11 comentários:

Saberes e Práticas da Inclusão

LinkWithin

Bornes relacionados com Miniaturas