Falar em quarentena para uma
criança dentro do espectro autista, é muito complicado, uma vez que está muito
difícil para todos, imaginem para eles. Família estão desestruturadas e a
palavra da vez é observação.
Não existe receita mágica, o
que serve para um, certamente não servirá para outro. Temos que observar....
Entender os períodos de maior tensão e propor atividades que amenizem essa
situação.
O primeiro passo é organizar a
vida da criança de forma visual, para que ela tenha noção clara dos
acontecimentos do dia, afinal quarentena não é férias, no entanto ela não terá
aulas e nem passeios. A previsibilidade, traz uma sensação boa de controle.
A rotina visual pode ser feita
com desenhos, recortes ou escrita, dependendo do comprometimento da criança. É
necessário que esta “agenda diária” seja montada no início do dia junto com a
criança ou adolescente, e que seja feito o possível para que ela não falhe,
prevendo: refeições, atividades, atendimentos
on line, higiene, momentos de pausa e lazer.
Quanto as aulas on line, é
preciso que ela esteja prevista na “agenda diária “da criança, e tenha
observação minuciosa por parte do profissional, afinal é uma modalidade nova de
atividades, que não houve ensaios e nem conhecimento do processo delas. É
possível que o aluno: se irrite com
volume ou ruído dos sons, com eventuais falhas no sistema, com imagem, que não
compreenda as ordens dadas, que tenha crises de ansiedade, e, neste momento
cabe ao profissional a continuidade ou não dos atendimentos por vídeo chamadas.
Outra questão diz respeito a
preparação de várias atividades com o mesmo objetivo para serem usadas no caso de
os alunos não entenderem ou não responderem adequadamente as atividades
propostas nas aulas on line. É preciso
oferecer várias maneiras de realizar as atividades.
Vale ressaltar que crianças e pessoas com
autismo NÃO estão nos grupos de risco da doença. Porém, as mudanças
de rotina por conta da pandemia do coronavírus podem gerar um impacto
negativo para elas. Nós podemos transformar esse período em algo diferente
para as crianças e adolescentes: “toda a situação em casa pode ser uma
oportunidade de aprendizado”.
Vanessa Francine – Psicopedagoga Clínica e
Institucional/ Professora do A.E.E da Escola Professora Benedita Arruda -
Jundiaí
Parabéns pelo belíssimo trabalho realizado na escola,Vanessa.
ResponderExcluirExcelente trabalho Gerson
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